quinta-feira, 11 de março de 2010

Não é Natal, nem Ano Bom

Como diz a canção, não é Natal, nem Ano Bom, nenhuma data especial; o Carnaval já passou (e não vi nenhuma castanhola na bateria da escola de samba União da Ilha! Affff... rsrs...), o Dia Internacional da Mulher também, as chuvas por aqui diminuíram (apesar da persistência dos desastres naturais pelo mundo), março está em plena marcha e eu só vim aqui dar um alô, dizer que o flamenco tem feito falta (e meus ensaios com a Annie tb), deixar um vídeo que adoro e que me encanta, e divagar um pouquinho.



Lindo, né? Quando estou diante de demonstrações de tamanha destreza, como a do violonista John Williams (tocando Albéniz), penso no esforço e na dedicação do artista, nas renúncias que fez em nome da sua arte, em busca da perfeição. Não tenho dúvidas de que, em qualquer caso, mesmo para os que chamamos de "naturalmente talentosos", a prática só faz melhorar o resultado.
Tenho um violão e brinco com ele às vezes. Mas não posso dizer que toco violão, afinal pratico bem pouco e realmente não sai nada, assim, exatamente admirável. O violão - bem tocado - é que me toca, isso sim!
Quando treino flamenco e me vejo diante de dificuldades para dominar o corpo (e tb a mente), percebo como somente a prática persistente é capaz de resultar em algo realmente belo: giros leves e precisos, castanholas "limpas", sincronia entre palmas e sapateado, improvisos emocionantes...
Em qualquer tipo de arte, de tanto praticar, o difícil torna-se cada vez mais natural e faz o expectador crer por um instante que seja fácil! Essa é a magia! Mas na hora de fazer você mesmo é que se vê como aquela ideia de ser fácil não passa de ilusão.
Treino, treino, treino... e mais treino! Esse é o segredo do bom resultado, principalmente se vc não nasceu com faculdades extraordinárias!
Acredito que a mesma lógica rege as demais esferas da vida que ainda muitas vezes são difíceis, exigem esforço, paciência e repetição (e podem parecer super simples): manifestar a gentileza, o perdão, a tolerância, ou simplesmente dizer, como diz aquela mesma canção, "só chamei porque te amo".
Beijos
Flah Menkita